Veja quem são os alvos e como funcionava suposto esquema de desvio de recursos com eventos e rodeios

  • 17/10/2024
(Foto: Reprodução)
Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nas secretarias de Cultura, Turismo, Esporte e Juventude. Contratos analisados passam de R$ 20 milhões. Polícia Civil cumprem mandados em operação que investiga desvio de recursos públicos Diversas caixas lotadas de documentos foram retiradas de secretarias de estado alvos de operação que investiga suposto desvio de recursos por meio de empresas contratadas para realizar eventos e rodeios. Nesta quinta-feira (17), policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão em 15 endereços, incluindo prédios públicos das secretarias de Cultura, Turismo, Esporte e Juventude, conforme determinação da 3ª Vara Criminal de Palmas. 📱 Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular. Também são alvos da operação empresas de eventos, associações e institutos sem fins lucrativos. O Instituto Cultural Amigos da Música (ICAM) é um dos investigados, que segundo a decisão era utilizado como meio de captação de recursos públicos para realização de eventos. O dinheiro, posteriormente, seria desviado e distribuído de forma ilícita. O ICAM é presidido por Jomar Casteluci. Ele e a esposa, Irene Josefa de Deus Casteluci, são investigados pela Polícia Civil. Conforme a investigação, o ICAM tinha ligações com outras empresas. Cumprimento dos mandados de prisão TV Anhanguera/Reprodução Uma delas, a Som Nova Geração e Trio Brasil tem endereço comercial no município de Fátima, na região central do estado. Entretanto, segundo os moradores do município, o estabelecimento nunca existiu no endereço indicado. A mesma empresa tem como principal atividade o comércio varejista especializado em eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo, e teria feito diversas propostas para realização simultânea de eventos em localidades distintas. Secretarias do governo do Tocantins são alvos de operação da Polícia Civil. TV Anhanguera/ Ana Paula Rehbein Para a polícia, a realização desses eventos demandaria uma grande capacidade técnica e operacional incompatível com a estrutura da empresa. O advogado do instituto ICAM e do casal Jomar Casteluc e Irene Josefa de Deus Casteluci informou que só vai manifestar quando tiver acesso a mais informações sobre o processo. Eventos esportivos são investigados A decisão que autorizou o cumprimento dos mandados apontou que a empresa Som Nova Geração e Trio Brasil está em nome de Maurício da Silva Limeira, presidente da Federação de Motociclismo do Estado do Tocantins (FMT). Maurício teriam firmado centenas de convênios com a e Secretaria de Educação, Juventude e Esportes entre os anos de 2016 e 2024, para realização de eventos esportivos. De 2022 a 2024, os valores totalizaram mais de R$ 11.442.500,00. Segundo a investigação policial, ele supostamente apresentava propostas através da pessoa jurídica Som Nova Geração diretamente ao ICAM. Em nota, a defesa de Maurício afirmou que não teve acesso aos autos, mas que com base nas informações preliminares disponíveis, as investigações se concentram em contratos firmados pelo ICAM, não tendo relação com o citado ou com a Federação de Motociclismo do Estado do Tocantins (veja nota no fim da reportagem). LEIA TAMBÉM: Secretarias do governo estadual são alvos de operação por suspeita de fraude em contratos de eventos Investigação aponta que empresas contratadas para fazer eventos e rodeios tinham endereços falsos e estrutura incompatível Rodeios também são investigados A decisão da Justiça ainda aponta que foram contratados 18 rodeios com uma única associação privada, a Veros Ambiental, em diversos municípios do estado, entre 2016 e 2017. Os projetos mantinham valores idênticos e a estrutura dos eventos era descrita como a mesma, independentemente do local em que era executada. Conforme a investigação, mesmo municípios com poucos habitantes tinham a mesma estrutura com quantidade de camarotes vips e tendas que cidades maiores. Além disso, alguns rodeios foram realizados simultaneamente em municípios relativamente distantes uns dos outros, o que exigiria uma grande capacidade técnica e operacional da Veros Ambiental. Entre 2015 e 2019, os investigadores apuraram que a associação recebeu R$ 12.137.477,24, sendo R$ 9.866.000,00 oriundos do Estado do Tocantins. A defesa da empresa Veros Ambiental foi procurada pela reportagem da TV Anhanguera, mas não se manifestou até a publicação desta reportagem. Ao todo, os contratos analisados e que teriam irregularidades passam de R$ 20 milhões, de acordo com decisão que autorizou a ação da polícia. Entenda a operação A investigação apura supostos crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em Palmas, Paraíso, Aparecida do Rio Negro e Goiânia (GO), com o apoio da Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR). Além das buscas, a Justiça determinou a indisponibilidade dos bens dos investigados no valor de R$ 5.123.687,70. Mandados foram cumpridos na sede da Secretaria dos Esportes e Juventude Divulgação O suposto esquema funcionava através da realização de eventos de interesse público. Foram percebidas diversas inconsistências, apontando indícios de que as ações estavam sendo utilizadas para desvio de recursos públicos. Conforme a decisão, expedida pela 3ª Vara Criminal de Palmas e assinada pelo juiz Márcio Soares da Cunha, "foi possível constatar diversos vínculos financeiros entre os investigados, os quais evidenciam um esquema criminoso de desvio de recursos públicos e lavagem de capitais, por meio de entidades sem fins lucrativos", diz o documento. O juiz determinou a proibição das empresas envolvidas de contratarem com o poder público, bem como a suspensão dos referidos contratos ainda em vigência. O que dizem os citados A Secretaria Estadual da Comunicação informou, em nota, que a investigação se refere ao período de 2015 a 2019, portanto em gestões anteriores. Afirmou ainda que as secretarias da Cultura, do Turismo e dos Esportes e Juventude estão colaborando com as investigações e vão cumprir imediatamente as determinações judiciais de suspensão de contratos e pagamentos que eventualmente estejam em vigor com as empresas envolvidas. (Veja nota completa abaixo). Os ex-governadores Mauro Carlesse e Marcelo Miranda, que estavam à frente do Poder Executivo durante parte do período investigado, também se manifestaram. A defesa do ex-governador Mauro Carlesse afirmou que ele "está absolutamente tranquilo e espera que essa investigação seja ampla e que possa levar as informações para a população sobre os gastos com eventos, shows e estruturas e tornar público, quem ou quais pessoas, no período investigado de 2011 a 2024, se aproveitou dos recursos do erário para obter vantagens pessoais", finaliza. O ex-governador Marcelo Miranda afirmou que durante sua gestão sempre prezou pela transparência e pela clareza em todas as ações e decisões do governo. "Reafirmo que estou absolutamente tranquilo em relação a qualquer apuração e me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. Confio no trabalho das autoridades e espero que os fatos sejam apurados de maneira justa e correta", afirmou. Íntegra da nota da Secretaria da Comunicação Sobre a operação policial realizada nesta quinta-feira, 17, cabe esclarecer conforme a decisão judicial, se refere a contratos no período de 2015 a 2019, portanto em gestões anteriores. As secretarias da Cultura, do Turismo e dos Esportes e Juventude estão colaborando com as investigações vão cumprir imediatamente as determinações judiciais de suspensão de contratos e pagamentos que eventualmente estejam em vigor com as empresas envolvidas. Salientamos que nenhum servidor público ou secretário da atual gestão é alvo da investigação. Íntegra da nota da defesa de Maurício da Silva Limeira Como advogado do Sr. Maurício da Silva Limeira, venho a público, com base nas informações preliminares, esclarecer alguns pontos relevantes em relação à operação mencionada. Em primeiro lugar, esclarecemos que ainda não tivemos acesso à íntegra do inquérito policial. Contudo, com base nas informações preliminares disponíveis, as investigações se concentram em contratos firmados pelo Instituto Cultural Amigos da Música (ICAM), os quais não têm qualquer relação com o Sr. Maurício da Silva Limeira ou com a Federação de Motociclismo do Estado do Tocantins. Dessa forma, qualquer menção direta ao Sr. Maurício da Silva Limeira ou à Federação de Motociclismo deve ser recebida com cautela, considerando que não há indícios de envolvimento do meu cliente com os fatos investigados. Ressaltamos que os contratos celebrados pela Federação de Motociclismo, assim como os eventos promovidos pela entidade, não estão incluídos na investigação em curso. A atuação do Sr. Maurício da Silva Limeira e da Federação sempre se pautou pela mais estrita legalidade e transparência, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento do esporte no Estado do Tocantins. Reafirmamos nosso compromisso com a verdade e estamos plenamente dispostos a colaborar com as autoridades, prestando todos os esclarecimentos necessários. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

FONTE: https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2024/10/17/veja-quem-sao-os-alvos-e-como-funcionava-suposto-esquema-de-desvio-de-recursos-com-eventos-e-rodeios.ghtml


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